Eurídice, a eterna paixão

Orfeu era um jovem violinista, muito talentoso e muito bonito, que suscitava a atenção de todos, em especial das mulheres, e a quem a vida parecia correr muito bem. Orfeu era considerado por muitos o melhor violinista da sua geração e talvez da sua época. E devido a isto, conseguiu entrar para a Orquestra Sinfónica Internacional, o que era o seu grande sonho desde criança.
Sim, tudo parecia correr bem na vida do jovem Orfeu. Este tinha um belo apartamento, um carro topo de gama, o emprego com que sempre sonhara e em breve iria conhecer o amor da sua vida, Eurídice.
Eurídice era uma jovem polícia que havia salvo a vida a Orfeu, quando este estava a ser assaltado na rua por um grupo de criminosos que ao verem o seu violino (Stradivarius) o queriam roubar. Eurídice dispara tiros para o ar e os ladrões fogem, sem magoar Orfeu. A paixão foi imediata, pois mal se viram souberam que haviam sido feitos um para o outro. Mas um problema afectava qualquer relação que pudesse haver entre ambos, que era o facto de Eurídice ainda namorar com Aristeu.
Eurídice acaba por se render à paixão que sente por Orfeu e termina o namoro com Aristeu. Esta fica ainda mais furiosa com Aristeu quando sabe que ele fazia parte do gang que havia atacado Orfeu. Aristeu foge de Eurídice, uma vez que esta o queria prender jurando vingar-se de Orfeu.
Após alguns meses de namoro, Orfeu resolveu pedir Eurídice em casamento e para isso preparou um jantar romântico em sua casa. Eurídice ficou surpresa com o jantar que Orfeu lhe havia preparado. Depois do jantar, Orfeu ajoelhou-se perante Eurídice e pediu-a em casamento. Eurídice ficou estupefacta e não sabia o que lhe dizer. Acabando por dizer a Orfeu que era melhor eles não se casarem devido às ameaças de Aristeu contra eles. Orfeu disse-lhe que não tinha medo de Aristeu e tudo o que queria era ter Eurídice como sua esposa para toda a vida. Depois de dizer aquelas palavras à sua amada, Orfeu procurou o seu violino e tocou a canção que havia composto especialmente para ela. Esta ficou tão comovida com a canção que resolveu aceitar o seu pedido de casamento. Sendo decidido por ambos que o casamento seria dali a duas semanas.
Chegado o tão esperado dia do casamento e enquanto Eurídice se preparava para ir para a igreja, Aristeu arrombou a porta da sua casa e apanhou Eurídice de surpresa. Esta não teve tempo de ripostar pois foi drogada com clorofórmio e levada para o esconderijo do gang de Aristeu.
Entretanto, Orfeu que esperava pela sua amada no altar, começou a ficar angustiado com a demora desta e resolveu telefonar-lhe. Ao ver que esta não atendia o telefone e o telemóvel, Orfeu resolveu ir ao seu apartamento para ver se estava tudo bem com Eurídice. Orfeu ao chegar a casa desta, ficou desesperado, já que a porta estava arrombada, começando a gritar desesperadamente por Eurídice. Depois de ter procurado por Eurícide e não a ter achado, Orfeu sentou-se na cama desta e começou a chorar compulsivamente. Foi então que encontrou o bilhete anteriormente deixado por Aristeu, em que este lhe dizia que tinha Eurídice em sua posse e se Orfeu a queria de volta teria de ir ter com ele ao esconderijo do seu gang sem a polícia e com o violino.
Orfeu apressou-se a ir ter com Aristeu ao lugar combinado. E ao entrar passou pelos companheiros de Aristeu sem que nenhum deles o magoasse. Já nas profundezas de uma antiga estação de comboios subterrânea abandonada, encontrou Eurídice desmaiada no chão com a cabeça coberta, rodeada pelos restantes subordinados de Aristeu. Aristeu então apareceu para Orfeu e disse-lhe que se ele queria Eurídice teria de lutar com ele por ela e lhe dar o seu violino, visto que ele tinha planos para ele. Orfeu e Aristeu começaram a lutar. Mas não demorou muito até que Orfeu fosse subjugado por Aristeu, já que este era mais fraco fisicamente que Aristeu. No momento em que Aristeu se preparava para dar o golpe final em Orfeu, Eurídice acordou e destapando a sua cabeça, começa a lutar contra os companheiros de Aristeu. Conseguindo tirar a arma a um deles, alvejou logo de seguida Aristeu perto do coração e este ficou estupefacto com a atitude de Eurídice. Enquanto isso, Eurídice grita para Orfeu fugir. Orfeu levantou-se, agarrou no seu violino e em Eurídice e começou a correr em direcção à saída. Entretanto, Aristeu que jazia no chão sangrando abundantemente, ordenou aos seus subordinados que perseguissem os dois. Ordenando também que matassem Orfeu e trouxessem Eurídice e o violino de volta para ele. Estes obedecem a Aristeu e foram atrás deles. Quando Orfeu se encontrava na saída reparou que Eurídice largou a sua mão e ficou para trás. Ao virar-se para trás, vê a sua amada ser atingida pela bala de um dos comparsas de Aristeu que pretendia acertar em Orfeu. Enquanto isto, Aristeu jazia morto numa poça de sangue devido ao tiro dado por Eurídice. Eurídice caiu morta no chão e Orfeu ficou em estado de choque, mas antes que os companheiros de Aristeu pudessem acabar o serviço a polícia chegou ao local e abriu fogo sobre eles até que eles se renderam e foram presos.
Havendo passado quase um ano sobre a morte de Eurídice, não havia maneira de Orfeu se conformar com a morte da sua amada. Isolando-se assim de tudo e de todos. Orfeu acabou inclusive por perder o seu emprego e todos os seus amigos.
Um dia, quando Orfeu se encontrava em casa, junto da foto da sua amada a tocar a canção que havia composto para ela, tocaram à porta. Orfeu foi abrir e viu que era a sua vizinha do andar de cima, Ménade. Ménade era apaixonada por Orfeu desde o dia em que ele se mudou para o seu prédio. Mas desde que Eurídice havia morrido, que esta se vinha a insinuar a Orfeu, embora este respondesse com indiferença. Ménade, que já desde algum tempo se vinha a irritar com Orfeu e a sua atitude perante ela e os seus sentimentos, decide declarar-se uma última vez a este. Orfeu ficou irritado e insultou-a acusando-a de ser uma vadia e oferecida. Orfeu tentou expulsar Ménade do seu apartamento, mas esta tirou uma pistola da sua carteira e deu-lhe um tiro certeiro no coração, dizendo que se Orfeu não era dela também não iria ser de mais ninguém. Orfeu antes de morrer sorriu para Ménade e disse que finalmente se iria juntar à sua amada. Ao ouvir as palavras de Orfeu, Ménade suicida-se com um tiro na cabeça. Fez isto com o intuito de se juntar a Orfeu na morte e assim ser a sua amada e não Eurídice.
Mas será que ela conseguiu o seu objectivo?
Bem, isso fica na imaginação de cada um de vós.

Marlene Freitas Gomes
Curso: Comunicação, Cultura e Organizações.

Fedra

Fedra está sem comer há 9 dias, devido à sua decisão de se deixar morrer, por ter sido vítima de Afrodite. Apaixonara-se pelo seu enteado Hipólito… Desesperada, confessa este pecado à sua “fiel” Ama que não se conteve e revela o seu plano maquiavélico: raptar Hipólito e fazer dele seu escravo. Fedra fica estupefacta e manda-a buscar uma corda de amarrar bois. A Ama, contentíssima, obedece sem hesitar. Entretanto, Fedra deixa um comentário no hi5 de Teseu, seu marido e pai de Hipólito, onde anuncia ter sido difamada por Hipólito, e que se iria suicidar. Teseu como não estava online, nada pôde fazer… Após o sucedido, Teseu mandou exilar Hipólito na Ilha das Cores. A Ama aproveita a fragilidade de Teseu e fica grávida deste, mas diz que o filho que está para nascer é de Hipólito… Teseu manda trazê-lo de volta, para que este assuma as responsabilidades.

Rubina Baptista CCO

Reescrita Mitológica 4

Vaalbara: do princípio chega o fim

Da união de Gaia com Oceano, sob a sombra do conhecimento de Urano, nasce uma rara criatura descrita como sendo uma bruta montanha com dimensões exuberantes.Dimensões essas que prometiam alcançar os céus. Vaalbara seria o seu nome.
Desprovida de aparente beleza e sem existir qualquer motivo e/ou vontade de continuar com a presença daquela grandiosa porção de solo, Gaia, igualmente temendo que Urano se inteirasse do sucedido, decide dividir aquilo que por ela fora concebido em 5 diferentes partes.Depois de dispersas,estas mesmas partes ganham uma nova e falsa identidade,vivendo sem suspeitar da existência do “todo” que por elas seria formado.
Intermináveis dias e noites dançaram em passo de normalidade e nada no Cosmos apresentava qualquer conflito. Então, numa manhã agora esquecida, um certo Mar revoltado com a tremenda soberania de Oceno, decide relatar a Urano a infidelidade de Gaia e o resultado daí provido. O Mar esse,castigado por Oceano, passou o resto da sua vivência exalando um tremendo fedor a sangue e nele vida alguma poderia existir. Mar Vermelho passou ele a ser chamado. Quanto aos deuses que profanaram o nome do soberano do Céu,a eles fora impregnado uma tremenda maldição: da noite em que o dia se faça e do dia em que a noite já não torne, centenas de milhares de braços fogosos saltarão do Sol e Vaalbara, ao ser de novo unida, dará origem a Amásia, uma maior e horrível criatura, que culminará com tudo aquilo que pelos progenitores fora gerado, incluindo a própria vida!

Juan Gonçalves- C.C.O.

Reescrita Mitológica 3

Na mitologia grega, Penélope (filha de Ícaro e Periboea) era esposa de Ulisses.
Apesar de muito apaixonados, seu pai nunca havia concordado com o casamento da filha. Certo dia, desafiou Ulisses para fazer um grande sacrifício e ultrapassar grandes obstáculos, como prova do seu amor por Penélope.
Ulisses não teve alternativa e como forma de mostrar ao pai de Penélope o quanto amava a mulher, aceitou o desafio. O grande desafio era, assim, atravessar os mares, sem que pudesse levar nada consigo, nem sequer comida. Ulisses construiu uma nau sozinho e lançou-se ao mar.
Ícaro, intercedeu a Posídon (Deus supremo dos Mares), para que no meio do percurso, o mar se revoltasse e tornasse a tarefa de Ulisses muito mais difícil.
Assim aconteceu. Ulisses depressa imaginou que teria de enfrentar uma grande tempestade. A situação agravou-se, uma vez que Posídon enviou também um monstro do mar.
Ulisses lutou com todas as suas forças, mas o mar e o monstro engoliram-no.
Penélope, que ouvira falar do incidente, não queria acreditar e mantinha-se expectante à espera do seu amado.
Mas o tempo ia passando… e Penélope que nunca mais tivera notícias do marido, começou a acreditar que o mesmo já não voltaria.
Em total desespero, Penélope deixou de acreditar na vida, não queria saber de ninguém, nem de qualquer outro homem. Foi entristecendo, entristecendo… de tal modo que acabou por pedir ajuda a Tânatos (Deus da morte) para abandonar o mundo dos vivos.
Passado uns tempos, o impossível acontecia. Ulisses havia conseguido escapar do monstro e do mar e voltara a sua casa.
Quando soube o que havia acontecido à esposa, suplicou a Afrodite (Deusa da Beleza e do Amor) que trouxesse a sua amada de volta.
Mesmo depois de tudo o que aconteceu, a força do amor foi mais forte e venceu, pelo que Afrodite acedeu ao pedido de Ulisses.
Penélope saiu da morte e voltou aos braços de Ulisses para juntos recomeçarem uma nova vida.

Carlos Miguel
(Eng. Informática)

Reescrita mitológica 2

Mito da Pandora (Reinvenção)

A história começa com Prometeu, um titã, que escalou o Olimpo, com as suas sapatilhas da Timberland acabadinhas de chegar por correio compradas no eBay, com o propósito de roubar a tocha olímpica para oferecer a Obikwelo, de modo que este pudesse realizar a sua corrida para a celebração dos muitos famosos Jogos Olímpicos.
Zeus, furioso com tal ousadia, castiga Prometeu, prendendo-o a uma oliveira onde todos os dias lhe cai uma azeitona na cabeça, como forma de castigo, pois as azeitonas são a única fonte de alimento e se este não a apanha com a boca aquando da sua queda, tem de esperar o dia vindouro para ingerir algo. Mas Zeus, de tal maneira vingativo, não se contenta em castigar apenas Prometeu, castiga também os homens que beneficiaram da tocha olímpica, ou seja, todos os que assistiram ao desenrolar dos Jogos Olímpicos. Assim sendo, criou uma belíssima mulher chamada Pandora. Mas esta mulher por detrás da sua beleza escondia algo tenebroso. Antes de a mandar para a Terra, Zeus deu-lhe uma grande e bela caixa de marfim ornamentada e fechada e deu-lhe também a respectiva chave, dizendo-lhe: “Quando te casares, oferece esta caixa como dote a teu marido, mas só pode ser aberta após o casamento.”
Pouco tempo depois, Pandora conheceu Epimeteu, irmão mais novo de Prometeu, e logo se casaram. No início, quando tudo ainda era novidade e um mar de rosas, Pandora dedicava os seus dias a cuidar da casa e do jardim, demonstrando a sua felicidade. No entanto, Epimeteu viajava constantemente. Certa vez ficou imenso tempo fora de casa e Pandora havia ficado abandonada em casa e muito triste. É então que se lembra da caixa, busca-a e examina-a curiosamente. Enquanto o fazia, parecia ouvir estranhos mas engraçados barulhos de dentro da caixa. A curiosidade e inquietação era tanta, que correu a buscar a chave para abri-la. Para sua grande surpresa lá dentro encontrava-se uma Nitendo Wii, uma PlayStation Portátil, a famosa bateria Pandora para a PSP, um computador portátil e múltiplos jogos e uma televisão. De repente, todos estes aparelhos sofrem clonagem e passam a existir milhares deles. Estes ganham vontade própria e começam a se dirigir para toda a vizinhança e arredores, até que a praga abrange toda a Terra. Pandora, apavorada, fecha a caixa e senta-se sobre a tampa. Assustadíssima e confusa, Pandora ouve duas vozes de dentro da caixa, que pedem freneticamente para abrir a caixa. Desconfiada, Pandora pergunta de quem são as vozes da caixa. De dentro dela ouve: “Somos o Vírus e Curto-Circuito!” Pandora, abre então a caixa, e o Vírus diz: “Fizeste uma coisa terrível, Pandora! Libertaste todos os equipamentos que provocam obesidade na Humanidade. Zeus prendeu todas essas pragas nessa caixa, pois sabia que tu virias a abri-la. Essa é a vingança de Zeus contra Prometeu e todos os homens, por terem roubado a tocha olímpica. Aqueles aparelhos criam dependência e vício, assim sendo os homens engordarão e já não poderão participar nos Jogos. Nunca te perguntaste do que és realmente feita?”, Pandora responde: “Suponho que sou normal, ou devo desconfiar?”, Vírus responde: “Oh inocente Pandora, tu és feita de chocolate, mais uma substância conhecida por engordar a Humanidade. Faz tudo parte de um plano maléfico de Zeus!”.
Chorando incessantemente, Pandora diz: “Que coisa terrível fiz eu?! Como poderemos voltar a prendê-los na caixa?”, Vírus responde: “Isso é algo impossível, como viste eles multiplicam-se e já estão espalhados pelo mundo. No entanto, eu e o meu amigo Curto-Circuito podemos travar uma batalha eterna com este aparelhos, mas confesso que de muito não servirá!”
E assim deu-se a entrada da tecnologia na vida do Homem. Este foi o castigo de Zeus ao homem, mas que afectou também as mulheres e o relacionamento entre estes.
Patrícia Sofia Silva Rodrigues, n.º 2022607 Engenharia Civil

Reescrita mitológica 1

Ulisses, filho de Laertes, estava retido numa ilha deserta há cerca de três semanas, dois dias e cinco horas. Todos os seus amigos e companheiros da guerra de Tróia estavam extremamente preocupados, pois o seu telemóvel estava sempre desligado e não havia modo de o contactar. Filoctetes, desesperado fez uma participação à PSP. No entanto, a resposta da PSP não deu as mínimas esperanças de encontrar o seu fiel amigo. Andando Neoptólemo a passear no seu iate na companhia da sua belíssima esposa, Pépope, de repente olhou e viu um homem abandonado numa ilha. Quando se aproximou, reconheceu-o de imediato das notícias da TVI24, sabia perfeitamente que Ulisses possuía um bilhete premiado do Euromilhões. Neoptólemo ofereceu-se de imediato para ajudá-lo, mas em troca queria o bilhete premiado. Ulisses não aceitou a sua proposta e começou a articular um plano para vingar o sucedido. Durante a noite, Ulisses matou Neoptólemo, asfixiando-o com uma almofada de penas de ganso e fugiu daquela Ilha com Pépope. Mas como a mulher de Neoptólemo estava sempre a chorar pela morte do marido, Ulisses atirou-a ao mar.Enquanto navegava pelo largo oceano, Ulisses não sendo entendido de barcos e da respectiva navegação, de repente colidiu com uma mota de água. Foi graças a dois golfinhos que lá passavam que Ulisses conseguiu salvar-se, dedicando posteriormente o resto da sua vida a estes animais, tratando-os e ajudando-os a sobreviver à poluição do seu habitat natural.

Liza Caldeira (Comunicação, Cultura e Organizações)

Why to study classical cultures in the XXI century?

This is a question posed nowadays to almost every classical philologist or student of classical cultures. So it is quite useful to know some convincing arguments, because there will be always situations confronting you with the allegation that Latin or Classical Greek are so called “dead languages” nobody is speaking in the XXI century, a time of modernity and a fast changing world. The differences of now and then seem insurmountable and too huge for all non – defenders of ancient languages and cultures. As you may have noticed I used the word “ insurmountable” which has got Latin roots, in fact it is mons, tis that means “mountain”. This simple example is just one of many proving an existing relation between Latin and modern languages. Aside from that linguistic phenomenon – studying languages always means more…Without the influence of Roman and Greek culture upon whole Europe, our continent wouldn’t be the same as today. Classical culture, therefore, is language and culture at the same time. “Culture” on the other hand is split into various fields like architecture, archaeology, history, philosophy and literature, subjects which represent with that plenty and variation of information the basis of our current “humanistic formation”. Each area is culturally related to our society: Greek tragedies in theatre, names of cars inspired by Greek mythology (for example the cabriolet Eos of VW), Hollywood movies about Greek and Roman period (Troy, Gladiator). But the real and visible benefit of classical studies (especially by means of Latin) is to learn how languages are working – with all of its logical and grammatical structures. The effect of linguistic awareness is enormous and improves additionally the sense for the mother tongue. And that’s the point: modern languages are mainly used for quick and flexible communication. As a consequence Latin works in a way as an example of linguistic correctness and pureness, two factors with a high risk of getting lost in our languages today. Latin should be understood as a sophisticated method of a linguistic system on the one hand and as subject of studies of literature on the other hand, non including the above mentioned branches. The argument of a “dead” language for Latin is partly correct. What about all the Romanic languages of today? A lot of words have Latin roots. Its “death” is limited because of furthermore existing foreign words or special terms. Learning Latin means learning the basis of other popular foreign languages like Spanish, Italian, Portuguese and French at the same time. Pupils will have much less difficulties with it, when they had learnt Latin before. In Germany for example it is taking place a kind of renaissance of Latin as subject these days. Apparently there is a need of a aesthetic and classical education on the part of the pupils, parents and last but not least of teachers! In my opinion, it isn’t just a quickly passing appearance but an useful indicator of social request. Back to the roots! For this reason the future of each student (in Germany) ,who is enthusiastic about Greek and Latin, seems quite safe! Latin as teaching subject offers promising fields of activity and don’t forget about the educational aspect! In summary studying classical cultures in the XXI century is a scientific challenge in the face of the technical development because there is still a lot to discover (archaeology and fragmentary texts). But it isn’t a question of the XXI century concerning the content of classical studies, they are timeless and therefore “classical”!

Victoria Maar

(Aluna Erasmus)

Tróia vs. Ilíada

Após uma visualização mais atenta do filme “Tróia” e da leitura de parte da obra Ilíada, na disciplina de CCC, pude verificar que existem diversas diferenças, das quais vou aqui dar alguns exemplos.
Desde logo, o significado da diferença do título do livro e do filme. O primeiro canta a ‘ira funesta’ de Aquiles e a obtenção de imortalidade, o segundo exalta principalmente a imortalidade do herói homérico.
Depois, o filme apresenta-nos o conflito entre Páris e Menelau, episódio que surge no Canto III do poema homérico. Neste, Helena descreve, a partir das muralhas, Agamémnon, Ulisses, Ájax, Idomeneu e Menelau, momento que está ausente no filme. Durante o conflito entre Páris e Menelau, esperar-se-ia pela intervenção da deusa Afrodite, salvando Páris da sua morte, no entanto, uma vez mais, tal não se verifica no filme. Além disso, na versão cinematográfica, Menelau, irmão de Agamémnon, é morto por Heitor, cena que não é mencionada no livro.
É bastante notável o desprezo dado aos heróis secundários, tais como Diomedes e Glauco, dois heróis essenciais para se compreender o código do herói homérico. De notar também o exagero existente aquando da conquista da praia de Tróia, quer pelo número de barcos, quer pelas acções iniciais de Aquiles.
Pátroclo, segundo o filme, usa as armas de Aquiles sem o seu consentimento, ao passo que, na Ilíada, Pátroclo leva as armas e os seus cavalos (Xanto, Balio e Pédaso) para a guerra com o seu parecer, da mesma forma que não se valoriza na película a aristeia de Pátroclo, nem o episódio em que este mata o filho de Zeus, Sarpédon. Após a morte de Pátroclo, não é retratada a luta pelo corpo e pelas armas de Aquiles.
Enquanto o poema descreve com uma carga emotiva muito forte a despedida de Heitor da sua esposa e do seu filho, o filme não consegue transmitir a mesma emotividade, deixando uma imagem menos sentimental do casal.
Ausente do filme está também o episódio que envolve o fabrico do escudo de Aquiles.
E são muitas mais as diferenças entre estes, no entanto o conhecimento que possuo do poema ainda é muito parcial. Futuramente, faço intenção de lê-lo todo e quem sabe relê-lo.
Concluindo, o filme exalta maioritariamente a glória individual dos heróis homéricos pondo de parte em muitas situações a intervenção directa dos Deuses. O poema, por sua vez, exalta o valor da imortalidade para os heróis homéricos, desenvolve as consequências da ira de Aquiles. Além disso, saliento a presença constante dos Deuses ao longo da Ilíada.

Patrícia Rodrigues
(Aluna de CCC, Lic. Eng. Civil)