Filme: Coriolano

Coriolano

Título original:
Coriolanus
De:
Ralph Fiennes
Com:
Ralph Fiennes, Gerard Butler, Brian Cox
Género:
Drama, Thriller
Classificação:
M/12
Outros dados:
GB, 2011, Cores, 122 min.

A coragem e o mérito do general Caius Martius “Coriolano” (Ralph Finnes) são tidos como lendários e o seu nome respeitado por todos os cidadãos de Roma. Porém, durante a sua candidatura a cônsul, algumas pessoas empenhadas na sua derrota, desacreditam-no perante o eleitorado. E assim, contra todas as previsões, ele acaba derrotado. Enfurecido, desmente e denigre o próprio senado, acabando por perder a cidadania romana e ser exilado. Agora, tornado apátrida, procura vingança. Com um plano em mente, segue o seu caminho até Antium, território dos Volscian, onde faz uma proposta a Tullus Aufidius (Gerard Butler), o maior inimigo de Roma: juntar estratégias e arrasar definitivamente com a nação que o viu nascer.
Primeira experiência na realização do actor Ralph Finnes (que, em 2010, interpretou a personagem em Londres), o filme adapta ao contexto do século XXI a tragédia de William Shakespeare que, por sua vez, se inspira na história do general Coriolanus, que terá vivido durante o séc. V a.C. PÚBLICO

A Terceira Miséria, de Hélia Correia

in TSF (Carlos Vaz Marques)
A última página deste livro, imediatamente antes do índice, é uma lista de nomes de autores e de títulos. Ao cimo, a explicação: Dívida confessada. Uma dívida que vai de Ésquilo a Maria Gabriela Llansol, passando por Nietzsche ou Holderlin.

O regresso de Hélia Correia à poesia é um regresso à memória e aos clássicos. É isso que explica o título deste longo poema dividido em 32 secções: «A terceira miséria é esta, a de hoje. / A de quem já não ouve nem pergunta. / A de quem não recorda».

Hélia Correia tem-se dedicado mais à prosa do que à poesia. É a autora de dois romances notáveis: Lillias Fraser e Adoecer. Na escrita para teatro tem privilegiado o diálogo com os clássicos gregos, um diálogo que também está presente nas histórias que escreveu para leitores mais novos e que têm como protagonista Mopsos, o Pequeno Grego.

Essa paixão pela Grécia, desde há muito presente na obra de Hélia Correia, desagua agora neste livro de poesia, onde a Grécia clássica surge como farol e como impossibilidade: «Para onde olharemos? Para quem? / Certo é que Atenas se mantém oculta / E de algum modo intacta, por debaixo / Do alcatrão, do ferro retorcido. / Certo é que nunca ressuscitará / Visto que nada ressuscita».

H. Correia, A Terceira Miséria, Relógio D’Água.